domingo, 28 de fevereiro de 2010

Maltodextrina

 
Maltodextrina
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Ano 02 - Edição nº 04 - 03/06/2009
PROFESSOR RAFAEL BRACCA DOS SANTOS
Especialista em Assessoria Individualizada com Graduação em Educação Física e Pós Graduação em Exercício Resistido e Nutrição Esportiva

É impressionante como ainda existe confusão no meio da suplementação quando o assunto e maltodextrina.
E não e por menos, visto que algumas pessoas estimulam essa confusão descrevendo que a substancia e um carboidrato complexo.
A maltodextrina e um carboidrato proveniente da conversão enzimática do amido do milho. Na verdade, ela e um hidrato de carbono complexo, talvez daí a grande confusão. Em sua composição, estão polímeros de glicose e também cadeias de 3 a 19 moléculas de glicose, unidas por uma ligação glicosidica do tipo α 1-4, que também esta presente no amido. Entretanto o amido, como um verdadeiro carboidrato complexo, possui dois tipos diferentes de estrutura: a amilose e a amilopectina, combinadas em cadeias de centenas ou milhares de moléculas de glicose.
Já a maltodextrina possui poucas moléculas agrupadas por um único tipo de ligação. Observando as duas moléculas, a simplicidade da malto se torna obvia se comparada com o amido como nas figuras abaixo.
Alguns devem questionar também o fato da maltodextrina não ser um monossacarídeo que, composto por mais de uma molécula de glicose,
teria uma absorção e atividade fisiológica mais lenta. Entretanto, apesar de ser um oligossacarídeo de glicose — devido as suas fracas ligações carbônicas e ausência de ramificações ou outro tipo de estrutura que não a cadeia simples de glicose com ligações 1-4, — a maltodextrina tem um comportamento semelhante a dextrose, que nada mais e que glicose simples. Podemos observar isto pelo tempo de absorção da dextrose, que gira em torno de cinco a sete minutos, enquanto a malto leva não mais que doze a quinze minutos.
Os carboidratos são classificados através do Índice Glicemico (I.G.), esta
divisão e feita de acordo com os níveis de açúcar encontrados no sangue após a ingestão dos alimentos e com a velocidade que cada um demora ate chegar na corrente sanguínea. Desta maneira, quanto maior for o índice glicemico, mais rápido este carboidrato cairá na corrente sanguínea e maior será o pulso de insulina, este processo não e benéfico se acontecer fora do período pos treino — horário em que realmente necessitamos dos picos de insulina — pois o excesso de glicose no sangue e convertido em ácidos gordurosos e triglicérides, que em seguida são armazenados na forma de gordura.
Como e possível observar, o Índice Glicemico da Maltodextrina e exatamente igual ao da glicose e um pouco menor que o do açúcar branco, prova de que a substancia se comporta como um carboidrato simples. Empresas fabricantes de maltodextrina, como a Grain Processing Corporation (EUA) expressam em seus catálogos que o IG esperado da maltodextrina e idêntico ao da glicose ou dextrose puras, reafirmando a característica de açúcar simples da maltodextrina.
Na prática
A maltodextrina e muito utilizada tanto em esportes de endurance (aeróbicos) como em esportes anaeróbicos, como e o caso de uma corrida de 100m ou a musculação . Seu objetivo e repor o glicogenio muscular perdido e garantir o transporte de substancias essenciais para quem quer hipertrofia, tais como: Whey Protein, Creatina, Glutamina, Arginina, HMB e os BCAA’s para dentro das células musculares graças ao pico de insulina causado pelo seu alto índice glicemico. Por isso, sempre alertamos os praticantes de atividades físicas e atletas a consumirem suas proteínas em conjunto com uma solução de carboidratos de alto índice glicemico, para garantir o transporte desses aminoácidos para dentro dos músculos com eficácia.
Caso isso não seja realizado, parte dessa proteína, será utilizada como fonte de energia, o que resultara em perda de dinheiro e tempo, pois a proteína alem de mais cara, não foi feita para essa função. Procuramos recomendar antes dos treinamentos mais intensos, a utilização da maltodextrina na concentração de 6 - 8%, ou seja, para cada 500ml de água deve-se acrescentar de 30 a 40g de maltodextrina dependendo do objetivo individual e fase de treinamento .
Utilizando o suplemento de maltodextrina quinze minutos antes do treinamento intenso e possível melhorar significativamente a energia e a capacidade de contração do músculo do individuo devido ao fato de se garantir cheios os estoques de glicogênio intramuscular. Normalmente, deve-se realizar uma refeição sólida com carboidratos complexos e proteínas de lenta absorção de 60 a 90 minutos antes do treinamento e fazer uso dos suplementos dessa categoria cerca de 15 minutos antes dos exercícios. Em conjunto a essa solução, orientamos também a adição de Whey Protein, BCAA’s, Creatina ou Glutamina para assim obter um maior teor de aminoácidos plasmáticos no momento do treinamento, otimizando também a síntese protéica e a recuperação muscular a cada serie.
Não há necessidade de utilização da maltodextrina durante as sessões de treinamento que tenham duração de menos de 60 minutos. Ingerir uma quantidade de água considerável já e mais do que o suficiente para garantir hidratação e a diminuição dos níveis de cortisol. Algumas pessoas que utilizaram a malto durante os treinamentos relataram uma melhora em seu rendimento, mas este fato não acontece em todos os casos. Portanto devemos lembrar que a individualidade de cada pessoa deve ser respeitada.
Em caso das atividades com duração superior a 60 minutos, são indicadas soluções de malto com a dosagem recomendada acima para assim, pela rápida assimilação, obter um fácil e rápido esvaziamento gástrico, o que evita um desconforto estomacal.
Já no caso de atividades que atingem tempo igual ou superior a 90 minutos devem ser consumidos, alem de carboidratos, repositores eletrolíticos.
Já existem no mercado varias marcas com esses tipos de carboidratos de vários índices glicemico e repositores eletrolíticos tais como sódio, potássio e magnésio, ideais para esses tipos de atividades.
No período pós-treino, recomenda-se a utilização de uma proteína de rápida absorção e alto valor biológico, como e o caso da Whey Protein, e dependendo das substancias adicionais ingeridas, procuramos orientar nossos clientes a adicionar os dois carboidratos, no caso a maltodextrina e a dextrose. Por que isso? A adição dos dois carboidratos no pos-treino causa
uma maior estabilidade dos níveis de insulina no sangue, garantindo assim a assimilação de 100% dos nutrientes ingeridos sem que haja risco de parte desses aminoácidos serem utilizados como fonte energética.
No período pos-treino intermediário e avançado, nota-se a presença dos dois carboidratos para um melhor aproveitamento das substancias ingeridas, o que não e necessário no nível iniciante. Orientamos a proporção de 50% dextrose e 50% maltodextrina nesses casos. A posologia dos componentes varia dependendo do peso, composição corporal e objetivo de cada individuo. A Whey entrara para começar a recuperação, dar inicio ao anabolismo e a síntese protéica e a creatina para drenar toda água do tecido subcutâneo para dentro das células musculares, causando também a reposição dos estoques de ATP. Os BCAA’s entrarão como anticatabólicos e a vitamina C para bloquear a ação do hormônio catabolitico cortisol. Cinqüenta minutos apos essa suplementação recomenda-se a introdução de uma refeição sólida contendo carboidratos complexos e proteínas de absorção com pouca ou quase nenhuma gordura.
O uso dessa suplementação tem como objetivo a reposição imediata de nutrientes, e como sua absorção e muito rápida, a manutenção no plasma sanguíneo também e muito limitada, tendo um limite de 35 a 50 minutos, horário no qual se introduz a refeição sólida. O artigo apresentado teve como objetivo sanar algumas duvidas dos excelentíssimos leitores da revista
sobre o uso do carboidrato maltodextrina.
Esperamos que as orientações aqui apresentadas tenham sido colocadas de maneira esclarecedora e simples, ajudando a todos os praticantes de atividades físicas que desejam melhorar seu desempenho e
obter mais qualidade de vida.

Fonte: 03/06/2009

Exercícios e CLA no combate a obesidade


 
Exercícios e CLA no combate a obesidade
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O CLA melhora a estética corporal
 
Ano 01 - Edição nº 01 - 01/03/2008
Ácido linoléico conjugado (CLA), abreviação de Conjugated Linoleic Acid, é um conjunto de isômeros geométricos com duplas ligações conjugadas, ou seja, separadas apenas por uma ligação simples carbono-carbono. É encontrado em pequenas quantidades em uma grande variedade de alimentos.
Vem sendo muito estudado devido aos seus efeitos benéficos em relação à saúde. O CLA é um nutriente encontrado em inúmeros alimentos como carnes, aves, ovos, leite e derivados, e exerce um efeito bastante eficiente no metabolismo de proteínas e gorduras.
Mas os especialistas afirmam: a quantidade de CLA disponível nos alimentos é muito baixa, e para que o nutriente aja de maneira eficaz no organismo humano é preciso buscar suas propriedades em suplementos alimentares . Para se ter uma idéia, um litro de leite integral contém somente cerca de 1 grama do ácido linoléico conjugado.

Embora possam existir diversos isômeros possíveis com esta característica, dois deles (cis-9, trans-11 e trans-10, cis-12) têm despertado grande interesse em função dos seus efeitos biológicos já identificados.
Sabe-se hoje que o isômero que afeta o metabolismo de gordura é o trans-10, cis-12. O isômero cis-9, trans-11 não exerce efeito neste parâmetro, porém está relacionado com a inibição de diversos tumores e com a modulação da resposta imune (Pariza, et al., 2001).
Inúmeros estudos têm demonstrado efeitos positivos relacionados com a suplementação do CLA. Esses efeitos incluem: ação anti-cancerígena, alterações na composição corporal, modulação do sistema imune, redução da aterosclerose e potencialização da mineralização óssea e homeostase glicêmica.

Outro estudo realizado por pesquisadores escandinavos mostrou que quando ingerido corretamente, o CLA reduz a gordura corporal e aumenta a definição muscular, inibindo o mecanismo de armazenamento de gorduras no corpo por meio do bloqueio de certas enzimas que expandem as células adiposas. Ao mesmo tempo, promove a conversão das reservas de gorduras em energia. Por isso é considerada uma arma útil em combinação com exercícios, até mesmo os leves, para pessoas que querem perder peso com saúde.

Existem vários mecanismos propostos para explicar esta redução no conteúdo da gordura, tais como :
1) Diminuição da esterificação de ácidos graxos em triglicerídeos;
2) Diminuição da lipogênese (armazenamento de gordura pelos adipócitos);
3) Aumento da lipólise (quebra de gordura armazenada transformando em ácidos graxos).
Outro estudo também apontou que o suplemento possui ação anti-cancerígena, anti-aterogênica (dificulta o depósito de placas de Ateroma nas artérias, uma vez que melhora o perfil lipídico do sangue), anti-diabetogênica (reduz as taxas de açúcar no sangue de Diabéticos Tipo II, não dependentes de insulina), além de estar relacionado a alterações na composição corporal, uma vez que levaria ao aumento da massa muscular e redução do percentual de gordura.
Os cientistas descobriram que o consumo de 3 a 4 gramas diárias de CLA ajudou pessoas acima do peso e obesas a eliminar gorduras das células ao acelerar o metabolismo muscular.
Essas pessoas que tomaram o suplemento também tiveram reduções nos níveis totais de colesterol, no LDL (colesterol “ruim”) e HDL (colesterol “bom”), mantendo a relação geral de LDL e HDL equilibrada.

O CLA é um eficiente ativador da lipólise, além de minimizar a lipogênese.
Desta forma, o CLA atua melhorando a qualidade corporal, diminuindo a porcentagem de gordura e conseqüentemente aumentando o enrijecimento
muscular. O CLA atua ainda aumentando a eficiência do sistema imune, sendo um importante anti-cancerígeno. Assim, a utilização de CLA na dieta pode melhorar a eficiência produtiva de uma maneira multifatorial, ora tornando mais resistente contra a ação de doenças, ora melhorando a estética corporal.
Algumas das características do CLA:
Acelera a perda de gordura (especialmente na região abdominal);
Incrementa o ganho de massa muscular;
Permite ganhar rapidamente a definição do músculo;
Oferece forte proteção antioxidante;
Ajuda o organismo na contínua produção de substâncias antiinflamatórias;
Melhora o perfil lipídico sanguíneo (colesterol e triglicérides);
Fortalece o sistema imunológico;
Regula o açúcar no sangue em pacientes diabéticos..

sábado, 27 de fevereiro de 2010


Impacto





Ano 02 - Edição nº 05 - 01/10/2009





Fontes:

- Dra. Jocelem Salgado

Professora Titular de Nutrição do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da ESALQ/USP/Piracicaba , autora do livro Guia dos Funcionais.

- Renata Rothbarth

Graduada em Nutrição e especialista em Obesidade e Emagrecimento, da Clínica Anna Aslan.





1. O que é?

O colágeno representa 25 % de toda proteína do organismo humano e é o principal componente protéico de órgãos como pele, ossos, cartilagens, ligamentos e tendões. Sua principal função é estrutural, proporciona sustentação às células , mantendo-as unidas. Fortalece os tecidos, promove elasticidade e resistência à pele , aos músculos, tendões, meniscos, ligamentos, veias, vasos e artérias, realiza a distribuição de fluídos em vasos sanguíneos e linfáticos. “No tecido cardiovascular, forma uma rede através das artérias e dá a elas um maior poder de expansão e proteção de possíveis lesões”, esclarece a especialista em Obesidade e Emagrecimento Renata Rothbarth.



2. Em que alimentos ele é encontrado?

As principais fontes de colágeno são os alimentos ricos em proteína de origem animal como carne, frango, peixe e ovos. Para melhorar a produção do colágeno, a dica é aumentar fontes de vitamina C presente em frutas como acerola, caju, limão, abacaxi, kiwi, morango, pêssego, folhas verdes escuras; e fontes de vitamina E, selênio e zinco como avelãs, amêndoas e castanhas.



3. Quando é importante suplementar

Apesar de ser produzido normalmente pelo organismo desde que nascemos, estudos mostram que a partir dos 30 anos o corpo sofre uma perda gradual de colágeno de algo em torno de 1% por ano, e aos 50, passa a produzir apenas uma média 35% do colágeno necessário para os órgãos de sustentação. Renata Rothbarth explica que pessoas que têm muita exposição ao sol, estresse e cigarro tendem a iniciar este processo de perda mais cedo e que as mulheres apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo.

“Supõe-se que esta seja uma das principais causas do envelhecimento, uma vez que com a diminuição do colágeno os músculos ficam flácidos, a densidade dos ossos diminui, as articulações e ligamentos perdem sua elasticidade e força, e a cartilagem que envolve as articulações fica frágil e porosa”, aponta Dra. Jocelem. A deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade de fibroblastos , células responsáveis pela produção do colágeno . “Estima-se que com a menopausa haja uma perda média anual de 2% de colágeno”, explica.

É importante sempre procurar um especialista para avaliar suas necessidades nutricionais , porém homens e mulheres saudáveis acima dos 25 anos já podem iniciar a suplementação de forma preventiva. Idosos, crianças e gestantes devem obter recomendação médica.



4. Como é o consumo correto

A quantidade recomendada pela especialista Renata Rothbarth é de 10g por dia de colágeno hidrolisado misturado a 200 ml de água ou sucos. A principal apresentação é em cápsulas ou pó — chamado colágeno hidrolisado — considerada a melhor forma porque proporciona mais saciedade e ajuda no controle de peso. As cápsulas devem ser consumidas durante as refeições e o pó (sachê), nos intervalos.



5. Benefícios para todo o organismo

Dra. Jocelem Salgado cita pesquisas que mostram que o colágeno hidrolisado em pó contém uma série de fragmentos de proteínas que quando ingeridos são parcialmente digeridos e absorvidos, fornecendo aminoácidos fundamentais para a manutenção de ossos e a reconstituição ou regeneração de algumas articulações. “De acordo com pesquisadores da Unicamp, como o Prof. Jaime Farfan, o colágeno em pó permite que o nosso organismo mantenha uma quantidade de massa muscular adequada, ajudando o organismo a utilizar eficientemente suas reservas lipídicas e de açúcar. Além disso, é um eficiente aliado contra processos de flacidez tecidual e quando aliado a atividade física torna-se uma excelente fonte protéica capaz que sintetizar massa magra, mantendo assim o aspecto jovial do nosso corpo”, aponta.

De acordo com Renata Rothbarth, entre dois e três meses de consumo do suplemento já é possível perceber resultados como prevenção à celulite, flacidez e formação de rugas; melhor hidrataçã o da pele, cabelos e unhas; prevenção e envelhecimento estético ; enrijecimento dos tecidos da pele; aumento da tonicidade dos músculos e auxílio no controle de peso.



6. Saúde dos ossos e articulações

Em um artigo, Dra. Jocelem Salgado cita estudos com evidências de que a suplementação de colágeno hidrolisado apresenta benefícios para o tratamento de osteoartrites, osteoporose e prevenção de problemas articulares em atletas. Em estudos clínicos em vários países, os pacientes reportam uma redução significativa da dor. Além disso, pode-se evitar muitas vezes o uso de analgésicos e outros anti-inflamatórios.





7. Mitos, verdades e curiosidades

• Mito - Reduz celulite: a celulite é resultado de um processo multifatorial, onde ocorre deficiência da circulação, retenção de água, acúmulo de gordura e processo inflamatório. Não age diretamente na celulite, mas permite que a pele tenha mais elasticidade.

• Mito - As apresentações em máscaras de gelatina (colágeno hidrolisado) deixam a pele mais bonita: a aplicação na superfície da pele não tem efeito, apenas uma ação hidratante temporária. Para apresentar os benefícios na elasticidade da pele, a gelatina deve ser ingerida.

• Verdade: não tem gordura, nem colesterol. É composto por proteína, sais minerais e água.

• Verdade: deixa as unhas mais fortes e os cabelos mais brilhantes. O colágeno é responsável pela cicatrização e regeneração dos tecidos. No caso das unhas e cabelos, ele forma uma matriz onde os minerais se fixam para deixá-los fortes, resistentes e brilhantes.

• O colágeno hidrolisado tem um efeito regenerativo em ossos e articulações. A dor da articulação pode ser reduzida com a ingestão de alimentos enriquecidos com colágeno hidrolisado. Com apenas 10g de gelatina por dia, obtém-se o fornecimento ideal desses aminoácidos tão importantes.

• Para ingerir quantidade de glicina contida em 10g de gelatina, é necessário beber, por exemplo, 3 litros de leite ou comer 160g de carne por dia.





terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADO (CLA)

O ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADO (CLA)





Efeitos sobre o peso corporal e obesidade:



Estima-se que cerca de trezentos e quinze milhões de pessoas em todo o mundo tenham um índice de massa corporal igual ou superior a trinta, o que de acordo com a Organização Mundial de Saúde já são classificadas como obesas. Estudos mostram que o CLA pode ser utilizado como uma ferramenta excelente para o controle da obesidade pela sua capacidade de reduzir a gordura corporal e ao mesmo tempo manter a massa muscular magra. O CLA atua sobre o metabolismo das gorduras reduzindo o tamanho das células adiposas, possuindo propriedades únicas no combate a obesidade e na redução do excesso de gordura armazenada, assim como na prevenção do aumento do colesterol ruim. A lipogênese é reduzida em usuários, pois este ácido insaturado inibe o incremento do tecido adiposo, ou seja, de gordura localizada. Também possui propriedades anticancerígenas, sendo particularmente eficiente em inibir o tumor de mama e de próstata, assim como o do cólon, estômago e de pele. É considerado como alimento ou componente funcional, na composição de leite e derivados, barras nutritivas, e outros alimentos com objetivo de auxiliar a perda de peso e a redução dos níveis de colesterol.O CLA está naturalmente presente na dieta humana, mas em níveis relativamente baixos. Ensaios clínicos demonstraram que é possível reduzir o peso e melhorar a composição corporal simplesmente aumentando a ingestão de CLA na dieta.






Efeitos no Diabetes:




Suplementar a dieta com certos ácidos graxos pode levar a um melhor controle de peso e do diabetes. Pessoas diabéticas que acrescentem CLA às suas dietas possuem menor massa corpórea bem como níveis de açúcar mais baixo. Pesquisadores também descobriram que níveis mais altos desse ácido graxo no sangue significam níveis mais baixos de leptina, um hormônio que se acredita regular os níveis de gordura. Os cientistas acreditam que altos níveis de leptina podem contribuir para obesidade, um dos fatores de riscos mais sério para a diabete no adulto. Um estudo realizado em 2002 pelo Diabetes Prevention Program Research Group descobriu que uma redução modesta na massa corpórea resultou em uma redução de 58% na incidência de diabetes num grupo de pessoas com alto risco de desenvolver a doença. Em um recente estudo realizado em humanos por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, o CLA mostrou ajudar as pessoas a perderem peso e manter a boa forma, assim como controlar a diabetes da idade adulta, esta pesquisa foi apresentada ao Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, em Washington, por um de seus membros, Michael W. Pariza.



Outros efeitos:



O CLA em alguns estudos demonstrou diminuir os níveis plasmáticos e colesterol. Foi constatado sua eficiência em prevenir o câncer de mama. Estudos em ratos que ingeriam 1% de CLA, mostraram uma diminuição de 73% do tumor mamário implantado para testes (Visonneau S., Cesano A., Tepper S.A., Scimeca J.A., Santoli D., and Kritchevsky D. Conjugated linoleic Acid suppresses the growth of human breast adenocarcinoma cells in SCID Mice. Anticancer Res. 1997; 17: 969-973). A informação sobre o efeito antioxidante atribuído ao CLA é menos clara e mais controversa.




Takahashi et al., 2002; Roche et al., 2002; Yamasaki et al., 2003; Poirier et al, 2005).



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

WHEY PROTEIN

Especilista em nutrição esportiva.


Karin F. Barros

CRN: 8 3991

(41) 33693366



Consultório e Loja

Av. Nossa Senhora de Lourdes, 63 loja 54 Piso 01

Jardim das Américas




WHEY PROTEIN: O Suplemento alimentar do século.





A qualidade de vida, a recuperação e manutenção da saúde, a prática regular de exercícios físicos, a estética, o ganho e definição da massa muscular, a perda de peso, as relações interpessoais, o treinamento para competições (amadoras e profissionais), entre outros, são alguns dos motivos que têm levado as pessoas a procurar cada vez mais as academias (CARVALHO E HIRSCHBRUCH, 2000). Com esse crescimento vertiginoso da população que pratica exercícios, surgiu também a consciência sobre a importância da nutrição esportiva adequada.



Segundo Cardoso e Fuhrmann (2005), a excessiva preocupação com um corpo perfeito, perder gordura e aumentar massa muscular, afetou o comportamento alimentar dessa população. Estudo realizado por Williams (2004), comprovou que a proteína conhecida como Whey Protein é um dos suplementos dietéticos mais populares comercializados para atletas e indivíduos fisicamente ativos, justificando assim o alto consumo de proteína pelos praticantes de atividade física.



Atualmente, a proteína do soro do leite whey é um suplemento dietético popular cujo seus componentes biológicos podem realçar a propriedade imunológica do organismo, agindo como um agente antioxidante, um anti-hipertensivo, hipolipidêmico, anti-viral e anti-bacteriano, além de fornecer a melhoria da força muscular e da composição corporal, melhorando o desempenho do exercício por praticantes de atividade física. Além do mais, vários estudos têm demonstrado sucesso na utilização da proteína do soro do leite no tratamento do câncer, HIV, hepatite B, doença cardiovascular e osteoporose (MARSHALL, 2004).



Aplicada a atividade física, segundo Pasin et al (2005), as proteínas do soro do leite apresentam excelente eficiência metabólica, o que lhes confere um alto valor biológico, contendo a mais alta concentração de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e demais aminoácidos essenciais e não essenciais em comparação as demais fontes protéicas. Sendo assim, destacam-se as vantagens do consumo na nutrição esportiva:



1) Proteína de alta qualidade e de fácil digestão, fornecendo energia adicional poupando a proteína endógena;



2) Contém níveis alto de aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina;



3) Boa fonte de aminoácidos sulfurados como cisteína e metionina, que mantém os níveis de antioxidantes no organismo e especula-se que contribuem para estabilização do DNA durante a divisão celular;



4) Contém altos níveis de arginina e lisina, que podem estimular a liberação de hormônios de crescimento (GH), estimulando desta forma o aumento da massa muscular e uma diminuição da gordura corporal;



5) Contém glutamina, que ajuda a reabastecer os músculos com precursores de glicose (glicogênio) e previne declínio no funcionamento do sistema imunológico causado por treinamento excessivo;



6) Por ser uma excelente fonte de cálcio biodisponível, reduz fraturas causadas por estresse durante exercícios e previne a perda de massa óssea em atletas femininas hipoestrogênicas.



Pesquisas realizadas por Cardoso e Fuhrmann (2005), classificaram os tipos de whey ofertados no mercado de suplementos em Curitiba que estão disponíveis comercialmente, entre eles: Concentrados de proteína do whey (que variam de 80-95 por cento de proteína); Whey com teor reduzido de lactose; Proteína Isolada do whey; Desmineralização do whey e a Proteína Hidrolizada do whey. Cada produto do whey varia na quantidade de proteína, de hidratos de carbono, de imunoglobulinas, de lactose, de minerais, e de gordura no produto terminado. Estas variáveis são fatores importantes na seleção de frações do whey para aplicações nutritivas específicas, bem como a presença de gordura, lactose e minerais. O whey hidrolisado fornece frações prontamente disponíveis de di e tri-peptídeos, atrativas aos atletas e aos outros indivíduos que desejam uma fonte de rápida absorção. O whey concentrado natural fornece as concentrações das mais elevadas proteínas naturais intactas, tais como a lactoferrina e as imunoglobulinas para o sistema imune, sendo atrativo aos consumidores que podem utilizar o whey como um alimento funcional, principalmente para pacientes com a imunidade comprometida (MARSHALL, 2004). Dentre os produtos ofertados no mercado, o mais popular é a combinação dos três níveis de complexidade molecular (isolado, concentrado e hidrolizado), conhecido como Triple Whey, o qual oferece uma vantagem em relação aos demais por possuir uma absorção gradual das proteínas que compõem o produto (CARDOSO e FUHRMANN, 2005).



Várias modificações nutricionais têm sido usadas por atletas e esportistas para melhorar o seu desempenho. Além do rendimento físico, a forma física e a estética, os esportistas têm se tornado cada vez mais adeptos ao uso de suplementos nutricionais, o que abre espaço para a utilização indevida de tais substâncias, principalmente de origem protéica, podendo traduzir-se em riscos para a saúde, tais como: desequilíbrio alimentar, antagonismo (quando a ingestão em excesso de um determinado nutriente reduz a utilização ou absorção de outro) e toxidez por ingestão excessiva de nutrientes individuais ou de vários complexos de nutrientes combinados comprometendo a capacidade funcional de órgãos como fígado e rins (McARDLE et al, 1992). É importante ressaltar que não existe nenhum benefício em ingerir proteína em excesso, uma vez que a energia adicional proveniente da proteína transforma-se em gordura e é armazenada em depósitos subcutâneos.



O profissional da área de Nutrição é o único capacitado a determinar a necessidade protéica na dieta de praticantes de qualquer atividade física, pois é influenciada por características como digestibilidade e valor biológico das próprias proteínas, pelo exercício, pelas características genéticas do indivíduo, bem como por outros fatores da dieta, como a quantidade de carboidratos ingeridos.







Karin Cristine Fuhrmann



Nutricionista CRN 3991-8









Referëncias Bibliográficas:



CARDOSO, A. K., FUHRMANN, K. C. O uso da proteína do soro do leite como suplemento alimentar esportivo. Curitiba, 2005. 58 f. Monografia (Trabalho de conclusão de curso de Nutrição) – Faculdades Integradas “Espírita”.



CARVALHO, J.R. & HIRSCHBRUCH, M.D. Consumo de suplementos nutricionais por freqüentadores de uma academia de ginástica de São Paulo. I Prêmio Maria Lúcia Ferrari Cavalcanti, Anais. São Paulo, Conselho Regional de Nutricionistas – 3º Região, 2000.



HIRSCHBRUCH, M. D., CARVALHO, J. R. Nutrição esportiva – Uma visão prática. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002. 345 p.



MARSHALL, K. Therapeutic applications of whey protein. Alternative Medicine Review, v. 9, n. 2, p. 136-156, 2004.



PASIN, G., MILLER, S. L. Produtos de soro dos EUA e nutrição esportiva. Revista Muscle Inform, v. 7, n. 44, p 10 – 4, 2005.



WILLIAMS, M. H. Nutrition for Healt, Fitness and Sport. Boston: Mc Graw-Hill, 2004



 
 



O que são Suplementos Alimentares



Definição e tipos




Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos.Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividade, podem servir como auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, vitamínicos, suplementos minerais, refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio.Por eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar a alimentação seria considerado auxiliador ergogênico.Os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se. Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como sendo ergogênicos porque de uma forma ou de outra eles auxiliam na performance.Na verdade a grande diferenciação que se deve fazer é: existem substâncias que podem agir alterando processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente fornecem os nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. É a linha que divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do doping.Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos esportivos, deve estar atento para o conteúdo REAL do suplemento para não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que foram condenados por doping e que depois provou-se que a substância provinha de produtos comercializados como “suplementos alimentares”. ReferênciasNutrição e suplementação esportiva. Bacurau, RF. Editora Phorte. 5ª ed. São Paulo, SP, 2007 - ISBN 85-7655-095-4Burke, L. M., and R. S. Read. Dietary supplements in sport. Sports Medicine 15: 43-65, 1993Biochemistry for the Medical Sciences. Newsholme E.A. & Leech A.R. Ed. John Wiley and Sons.







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