segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

WHEY PROTEIN

Especilista em nutrição esportiva.


Karin F. Barros

CRN: 8 3991

(41) 33693366



Consultório e Loja

Av. Nossa Senhora de Lourdes, 63 loja 54 Piso 01

Jardim das Américas




WHEY PROTEIN: O Suplemento alimentar do século.





A qualidade de vida, a recuperação e manutenção da saúde, a prática regular de exercícios físicos, a estética, o ganho e definição da massa muscular, a perda de peso, as relações interpessoais, o treinamento para competições (amadoras e profissionais), entre outros, são alguns dos motivos que têm levado as pessoas a procurar cada vez mais as academias (CARVALHO E HIRSCHBRUCH, 2000). Com esse crescimento vertiginoso da população que pratica exercícios, surgiu também a consciência sobre a importância da nutrição esportiva adequada.



Segundo Cardoso e Fuhrmann (2005), a excessiva preocupação com um corpo perfeito, perder gordura e aumentar massa muscular, afetou o comportamento alimentar dessa população. Estudo realizado por Williams (2004), comprovou que a proteína conhecida como Whey Protein é um dos suplementos dietéticos mais populares comercializados para atletas e indivíduos fisicamente ativos, justificando assim o alto consumo de proteína pelos praticantes de atividade física.



Atualmente, a proteína do soro do leite whey é um suplemento dietético popular cujo seus componentes biológicos podem realçar a propriedade imunológica do organismo, agindo como um agente antioxidante, um anti-hipertensivo, hipolipidêmico, anti-viral e anti-bacteriano, além de fornecer a melhoria da força muscular e da composição corporal, melhorando o desempenho do exercício por praticantes de atividade física. Além do mais, vários estudos têm demonstrado sucesso na utilização da proteína do soro do leite no tratamento do câncer, HIV, hepatite B, doença cardiovascular e osteoporose (MARSHALL, 2004).



Aplicada a atividade física, segundo Pasin et al (2005), as proteínas do soro do leite apresentam excelente eficiência metabólica, o que lhes confere um alto valor biológico, contendo a mais alta concentração de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e demais aminoácidos essenciais e não essenciais em comparação as demais fontes protéicas. Sendo assim, destacam-se as vantagens do consumo na nutrição esportiva:



1) Proteína de alta qualidade e de fácil digestão, fornecendo energia adicional poupando a proteína endógena;



2) Contém níveis alto de aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina;



3) Boa fonte de aminoácidos sulfurados como cisteína e metionina, que mantém os níveis de antioxidantes no organismo e especula-se que contribuem para estabilização do DNA durante a divisão celular;



4) Contém altos níveis de arginina e lisina, que podem estimular a liberação de hormônios de crescimento (GH), estimulando desta forma o aumento da massa muscular e uma diminuição da gordura corporal;



5) Contém glutamina, que ajuda a reabastecer os músculos com precursores de glicose (glicogênio) e previne declínio no funcionamento do sistema imunológico causado por treinamento excessivo;



6) Por ser uma excelente fonte de cálcio biodisponível, reduz fraturas causadas por estresse durante exercícios e previne a perda de massa óssea em atletas femininas hipoestrogênicas.



Pesquisas realizadas por Cardoso e Fuhrmann (2005), classificaram os tipos de whey ofertados no mercado de suplementos em Curitiba que estão disponíveis comercialmente, entre eles: Concentrados de proteína do whey (que variam de 80-95 por cento de proteína); Whey com teor reduzido de lactose; Proteína Isolada do whey; Desmineralização do whey e a Proteína Hidrolizada do whey. Cada produto do whey varia na quantidade de proteína, de hidratos de carbono, de imunoglobulinas, de lactose, de minerais, e de gordura no produto terminado. Estas variáveis são fatores importantes na seleção de frações do whey para aplicações nutritivas específicas, bem como a presença de gordura, lactose e minerais. O whey hidrolisado fornece frações prontamente disponíveis de di e tri-peptídeos, atrativas aos atletas e aos outros indivíduos que desejam uma fonte de rápida absorção. O whey concentrado natural fornece as concentrações das mais elevadas proteínas naturais intactas, tais como a lactoferrina e as imunoglobulinas para o sistema imune, sendo atrativo aos consumidores que podem utilizar o whey como um alimento funcional, principalmente para pacientes com a imunidade comprometida (MARSHALL, 2004). Dentre os produtos ofertados no mercado, o mais popular é a combinação dos três níveis de complexidade molecular (isolado, concentrado e hidrolizado), conhecido como Triple Whey, o qual oferece uma vantagem em relação aos demais por possuir uma absorção gradual das proteínas que compõem o produto (CARDOSO e FUHRMANN, 2005).



Várias modificações nutricionais têm sido usadas por atletas e esportistas para melhorar o seu desempenho. Além do rendimento físico, a forma física e a estética, os esportistas têm se tornado cada vez mais adeptos ao uso de suplementos nutricionais, o que abre espaço para a utilização indevida de tais substâncias, principalmente de origem protéica, podendo traduzir-se em riscos para a saúde, tais como: desequilíbrio alimentar, antagonismo (quando a ingestão em excesso de um determinado nutriente reduz a utilização ou absorção de outro) e toxidez por ingestão excessiva de nutrientes individuais ou de vários complexos de nutrientes combinados comprometendo a capacidade funcional de órgãos como fígado e rins (McARDLE et al, 1992). É importante ressaltar que não existe nenhum benefício em ingerir proteína em excesso, uma vez que a energia adicional proveniente da proteína transforma-se em gordura e é armazenada em depósitos subcutâneos.



O profissional da área de Nutrição é o único capacitado a determinar a necessidade protéica na dieta de praticantes de qualquer atividade física, pois é influenciada por características como digestibilidade e valor biológico das próprias proteínas, pelo exercício, pelas características genéticas do indivíduo, bem como por outros fatores da dieta, como a quantidade de carboidratos ingeridos.







Karin Cristine Fuhrmann



Nutricionista CRN 3991-8









Referëncias Bibliográficas:



CARDOSO, A. K., FUHRMANN, K. C. O uso da proteína do soro do leite como suplemento alimentar esportivo. Curitiba, 2005. 58 f. Monografia (Trabalho de conclusão de curso de Nutrição) – Faculdades Integradas “Espírita”.



CARVALHO, J.R. & HIRSCHBRUCH, M.D. Consumo de suplementos nutricionais por freqüentadores de uma academia de ginástica de São Paulo. I Prêmio Maria Lúcia Ferrari Cavalcanti, Anais. São Paulo, Conselho Regional de Nutricionistas – 3º Região, 2000.



HIRSCHBRUCH, M. D., CARVALHO, J. R. Nutrição esportiva – Uma visão prática. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002. 345 p.



MARSHALL, K. Therapeutic applications of whey protein. Alternative Medicine Review, v. 9, n. 2, p. 136-156, 2004.



PASIN, G., MILLER, S. L. Produtos de soro dos EUA e nutrição esportiva. Revista Muscle Inform, v. 7, n. 44, p 10 – 4, 2005.



WILLIAMS, M. H. Nutrition for Healt, Fitness and Sport. Boston: Mc Graw-Hill, 2004



 
 



O que são Suplementos Alimentares



Definição e tipos




Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos.Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividade, podem servir como auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, vitamínicos, suplementos minerais, refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio.Por eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar a alimentação seria considerado auxiliador ergogênico.Os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se. Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como sendo ergogênicos porque de uma forma ou de outra eles auxiliam na performance.Na verdade a grande diferenciação que se deve fazer é: existem substâncias que podem agir alterando processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente fornecem os nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. É a linha que divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do doping.Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos esportivos, deve estar atento para o conteúdo REAL do suplemento para não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que foram condenados por doping e que depois provou-se que a substância provinha de produtos comercializados como “suplementos alimentares”. ReferênciasNutrição e suplementação esportiva. Bacurau, RF. Editora Phorte. 5ª ed. São Paulo, SP, 2007 - ISBN 85-7655-095-4Burke, L. M., and R. S. Read. Dietary supplements in sport. Sports Medicine 15: 43-65, 1993Biochemistry for the Medical Sciences. Newsholme E.A. & Leech A.R. Ed. John Wiley and Sons.







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