quarta-feira, 16 de março de 2011

Queimadores de Gordura e Lipólise

Queimadores de Gordura e Lipólise

Queimadores de Gordura e Lipólise


Hoje são exemplos de estimuladores de lipólise que atuam por termogênses: o chá verde, o citrus aurantium, o guaraná, a noz de cola, a mahuang e o mais novo desses termogenicos é a Fucoxantina, que é um carotenóide extraído de algas nas profundezas do mar

Revista online (newsletter)

Edição de março de 2011



Por Luis Meirelles (lmdiets@gmail.com)

Nutricionista

Especialista em Nutrição Esportiva











Queimadores de Gordura e Lipólise



No mundo inteiro existem milhares de produtos do mercado , o que totaliza aproximadamente um total de um trilhão de dólares. Somente nos Euas existem 200.000.000 de utilizadores potencias desses suplementos. Acredito que se as pessoas aprendessem a alimentar corretamente esses suplementos não seriam tão largamente consumidos , pois esses suplementos são estrategicamente consumidos como um apelo emergencial para a perda de peso rapido.



Os Queimadores de gordura atuam no processo de lipólise que é processo de degradação de triglicérides em ácidos graxos. Esse processo é dependente da enzima Lipase Hormônio Sensível ( HSL).



Após o consumo dos Fat Burnes , ocorre no metabolismo uma sequência de reações metabolicas que aumentam a termogenese , que é induzida e comandada na fase 1 pela liberação de noradrenalina que atua como primeira mensageira, seguida pela ativação da AMPc que atua como segunda mensageira para a cascata de reações químicas que comandam a termogênese. Estes eventos vão ativar a Termogenina ( dos genes UCP1).



O tecido adiposo ,mais especificamente a gordura branca , apresenta várias funções como fornecimento de energia. Sendo maior reserva energetica do corpo , sendo que um jovem adulto possui em média de 10 a 15 kg dessa reserva armazenada no corpo que totalizam um potencial de reserva energetica de 140.000 calorias.



As células de gordura branca regulam o balanço energetico do organismo como um todo , ao estocar excesso de calorias ingeridas como Triacilgliceróis ( triglicérides ) e liberando-as na forma de energia quando esta demanda energetica for necessária.



A termogênese é basicamente um processo de geração de calor.



As celulas de gordura marrom , fazem com que o organismo elimine calorias em excesso através da produção de calor , isso explica o porque que em certas pessoas o excesso de calorias aumentam as reservas de gordura branca e em outras não , sendo que isso é determinado pela genética. Logo enquanto as celulas de gordura branca estocam triglicerides as celulas de gordura marrom ( tecido especializado em gerar termogenese ) responsável pela fosforilação oxidativa , mobilizam gorduras.



O potencial termogenico da gordura marrom depende da quantidade de Hiperplasia dessas células e da concentração de termogenina gerada por essas células. Essa células são ativadas tambem pelo grau de estimulo do sistema nervoso simpático.



A termogenese é classifica em Obrigatória é aquela ativada pela ação específica da ingesta dos nutrientes , e a Adaptativa que é comandada por hiperfagia , genotipo e temperatura ambiente.



Um mecanismo termogênico defeituoso contribui com a dificuldade de manter o peso desejado e tambem esta correlacionado com todos o modelos de obesidade.



O uso de estimuladores de lipólise por termogênicos não é de hoje. Nas décadas de 1920 já se conhecia os efeitos do potente Dinitrofenol ( DNP ) e na décadas de 50 ja se usavam largamente alguns hôrmonios da tireóide.



Hoje alguns desses estimuladores de lipólise que atuam por termogênses incluem o chá verde , o citrus aurantium , o guaraná , a noz de cola , a mahuang e o mais novo desses termogenicos é a Fucoxantina que é um carotenóide extraído de algas nas profundezas do mar. A fucoxantina age estimulando o fígado a produzir DHA , fazendo com que o Gene UPC-1 ativa a mitocondria dos adipócitos , o resultado disso é um metabolismo basal mais acelerado.



Outro substância sendo atualmente explorada por suas ações termogênicas é o Capsiato que é um análago da Capsaicina. Esse são encontrados na família de frutas do Capsicum ( pimenta vermelhas ) que são utilizados a séculos como condimentos para dar estímulos gustativos. Estudos tem demonstrado que essa substância (Capsaicina ) apresenta notórios efeitos estimulante do metabolismo por ação termogênica , agindo por estimulo na liberação de catecolaminas , eleva a temporal corporal promovendo aumento do gasto energetico em repouso , sendo assim o metabolismo suprime o acúmulo de gordura branca abdominal e visceral.



Foi comprovado que esses ativos provenientes das famílias das pimentas vermelhas tem ações específicas no metabolismo termoregulador e lipolítico , fazendo com que haja elevação nos níveis de UPC-1 , e ativando esses genes na mitocondria dos tecidos gordurosos. Alguns estudos tambem apontaram com o uso de substancias uma Hiperplasia as células de gordura marrom , fazendo que que o ocorra elavação da temperatura corporal e aumento do consumo de oxigênio.



Porém alguns estudos também demonstraram que essas substância tem potente ação neurotóxica se usadas em quantidades altas e com frequência , logo sua admnistração deve ser em dosagens limitadas e por curtos períodos de tempo.



Kobata K, Todo T, Yazawa S, Iwai K, and Watanabe T. Novel capsaicinoid-like substances, capsiate and dihydrocapsiate, from the fruits of a nonpungent cultivar, CH-19 Sweet, of pepper (Capsicum annuum L.). J Agric Food Chem 46: 1695-1697, 1998.



Ohnuki K, Niwa S, Maeda S, Inoue N, Yazawa S, and Fushiki T. CH-19 Sweet, a nonpungent cultivar of red pepper, increased body temperature and oxygen consumption in humans. Biosci Biotechnol Biochem 65: 2033-2036, 2001.



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sábado, 5 de março de 2011

Beta Alanina



A BETA ALANINA, NOVO ALIADO DOS
EXERCÍCIOS INTENSOS E CONTÍNUOS
Se você pratica exercícios de alta intensidade e com duração maior do que
alguns minutos, como corridas intensas, futebol ou esportes coletivos ou até mesmo
treinos de musculação, desde que sejam intensos (se não pratica, tem alguma coisa
errada com o seu exercício), você precisa conhecer sua nova aliada, a Beta  –
Alanina.
A Beta-Alanina é um aminoácido beta (outro tipo de aminoácido, não
participante da síntese de proteínas, exclusividade dos aminoácidos alfa) que
juntamente com a histidina é responsável pela síntese de um importante
tamponante para a fadiga localizada comum nos exercícios físicos de alta
intensidade, a Carnosina.
Em situações de exercícios intensos e de duração média a prolongada, como
uma aula de spinning depois do treino de musculação, ou uma corrida de 10k com o
“coelho” do grupo, uma maior quantidade de Carnosina dentro do músculo é capaz
de evitar ou atrasar a formação de um tradicional “vilão” dos exercícios vigorosos
responsável pelo surgimento da fadiga, o ácido lático. A Carnosina é um dipeptídeo
(molécula composta por dois aminoácidos) sintetizado no músculo a partir de seus
dois constituintes (a Beta-alanina e a histidina)
1
, mas a pergunta é válida, por que
então, não suplementamos direto com carnosina?
A ingestão de carnosina é degradada no trato digestivo (estômago e
intestino) em seus dois constituintes, que apesar de seguirem sendo novamente
utilizados na formação da própria carnosina, sofrem uma perda em seu
aproveitamento em todo esse processo, sendo mais proveitoso do ponto de vista
fisiológico e econômico a suplementação com Beta-alanina do que com Carnosina.
A suplementação com Beta-Alanina é capaz de promover um aumento real,
demonstrado científicamente, na concentração intramuscular de Carnosina
2,3
.
Diferente de outros tampões orgânicos (como o bicarbonato), a Carnosina
(Beta-alanil-L-histidina) tem algumas características químicas e uma concentração no músculo mais alta, sendo portanto mais eficiente para manter o pH do músculo e
do sangue do que os outros tamponantes naturais
3,4
.
Seu protocolo de suplementação lembra o da creatina, pois segue o mesmo
princípio de abastecimento do músculo de forma crônica (cerca de 6 a 7 semanas).
Uma dose de 6,4g por dia por 28 dias promove um aumento de 60% na
concentração de Carnosina (6,18), alguns estudos mostram que mesmo uma fase
de 21 dias é um período adequado para promover um abastecimento suficiente de
Beta Alanina para aumentar a concentração de Carnosina. Artigos mais recentes
mostram que aumentos ainda maiores de Carnosina podem ser obtidos quando
combinamos a suplementação de Beta-Alanina com o treinamento de alta
intensidade
6
.
O aumento na performance já está bem estabelecido
2,7,8,9,10
 Hill e .
colaboradores
2
 demonstraram uma melhora de 13% no trabalho total realizado após
a suplementação de 4 semanas de Beta-alanina e um aumento extra de 3,2%
depois de 10 semanas. Zoeller e colaboradores
11
 também relataram aumento no
limiar ventilatório em uma amostra de homens não treinados depois da
suplementação de Beta-alanina (3,2g por 28 dias). Kim e colaboradores
8
 também
encontraram aumento no Limiar ventilatório e no tempo total até exaustão em
ciclistas treinados depois de suplementação de 12 semanas (4,8g/dia)  e
treinamento de resistência de alta intensidade. Além disso, Stout e colaboradores
(22,23) relataram um atraso significante na fadiga muscular medida pela
capacidade de trabalho no limiar de fadiga, em ambos, homens e mulheres depois
de 28 dias de suplementação com Beta alanina (3,2g a 6,4g por dia).
Não foram encontrados até agora, na literatura, efeitos colaterais a respeito
da utilização de Beta-Alanina, dentro das quantidades utilizadas nos estudos
citados. Associada aos resultados apresentados, essa  sem dúvida é uma boa
notícia para quem busca uma suplementação efetiva e segura.
Conclusão
A Beta-Alanina parece ser um suplemento promissor para a melhora da
performance, já testada em diversos tipos de exercício, suas características
metabólicas parecem ser úteis para outras tantas situações de exercício. Os produtos contendo esse Beta aminoácido infelizmente ainda não chegaram por
aqui, mas, se você tiver aquele conhecido voltado dos EUA, vale a pena a
indicação.
Referências bibliográficas
1 Bakardjiev A, Bauer K:  Transport of beta-alanine and biosynthesis of carnosine by skeletal
muscle cells in primary culture. European journal of biochemistry/FEBS 1994, 225(2):617-623.
2 Hill CA, Harris RC, Kim HJ, Harris BD, Sale C, Boobis LH, Kim CK, Wise JA: Influence of betaalanine supplementation on skeletal muscle carnosine concentrations and high intensity
cycling capacity. Amino acids 2007, 32(2):225-233.
3  Harris RC, Tallon MJ, Dunnett M, Boobis L, Coakley J, Kim HJ, Fallowfield JL, Hill CA, Sale C,
Wise  JA:  The absorption of orally supplied beta-alanine and its effect on muscle carnosine
synthesis in human vastus lateralis. Amino acids 2006, 30(3):279-289.
4 Abe H: Role of histidine-related compounds as intracellular proton buffering constituents in
vertebrate muscle. Biochemistry 2000, 65(7):757-765.
5  Bate-Smith EC:  The buffering of muscle in rigor: Protein, phosphate and carnosine.  The
Journal of physiology 1938, 92:336-343.
6  Kendrick IP, Harris RC, Kim HJ, Kim CK, Dang VH, Lam TQ, Bui TT, Smith M, Wise JA:  The
effects of 10 weeks of resistance training combined with beta-alanine supplementation on
whole body strength, force production, muscular endurance and body composition.  Amino
acids 2008, 34(4):547-554.
7 Suzuki Y, Ito O, Mukai N, Takahashi H, Takamatsu K: High level of skeletal muscle carnosine
contributes to the latter half of exercise performance during 30-s maximal cycle ergometer
sprinting. The Japanese journal of physiology 2002, 52(2):199-205.
8 Kim HJ, Kim CK, Lee YW, Harris RC, Sale C, Harris BD, Wise JA:  The effect of a supplement
containing B-alanine on muscle carnosine synthesis and exercise capacity, during 12 week
combined endurance and weight training. J Int Soc Sports Nutr 2006, 3:S9.
9 Stout JR, Cramer JT, Mielke M, O'Kroy J, Torok DJ, Zoeller RF: Effects of twenty-eight days of
beta-alanine and creatine monohydrate supplementation on the physical working capacity at
neuromuscular fatigue threshold. Journal of strength and conditioning research/National Strength
& Conditioning Association 2006, 20(4):928-931.10 Stout JR, Cramer JT, Zoeller RF, Torok D, Costa P, Hoffman JR, Harris RC, O'Kroy J: Effects of
beta-alanine supplementation on the onset of neuromuscular fatigue and ventilatory threshold
in women. Amino acids 2007, 32(3):381-386.
11 Zoeller RF, Stout JR, O'Kroy JA, Torok DJ, Mielke M: Effects of 28 days of beta-alanine and
creatine monohydrate supplementation on aerobic power, ventilatory and lactate thresholds,
and time to exhaustion. Amino acids 2007, 33(3):505-510Compre Beta Alanina

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